"Can we start again? I know we haven't met, but ... I don't wanna be an ant. Go through life bumping into each other, on autopilot, like ants ... Actions designed only for survival. All communication serving to maintain active the ant colony, in an efficient and civilized manner: "Here's your change." "Paper or plastic?" "Credit or debit?" "Wanna ketchup with that?" I do not want a straw! I want real human moments." -- Waking Life
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
A história das coisas (comentário)
Este vídeo corrobora os estudos que apontam que o problema da sustentabilidade não é tecnológico nem mesmo econômico, e sim, político.
O problema político esbarra no consumo na medida em que, para produzir produtos com baixo carbono (ou baixa quantidade de outras substâncias tóxicas) as empresas e corporações deverão modificar toda forma de produção e todo padrão de investimento. E elas só o farão se os governos subsidiarem estas mudanças - Subsídio significa mudanças internas e, principalmente, externas nas relações com os demais países - Por isso, o ciclo da destruição ainda está longe do fim.
O problema político esbarra no consumo na medida em que, para produzir produtos com baixo carbono (ou baixa quantidade de outras substâncias tóxicas) as empresas e corporações deverão modificar toda forma de produção e todo padrão de investimento. E elas só o farão se os governos subsidiarem estas mudanças - Subsídio significa mudanças internas e, principalmente, externas nas relações com os demais países - Por isso, o ciclo da destruição ainda está longe do fim.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Uma homenagem (sincera) à Mídia
Aproveitando as comemorações de final de ano e, consequentemente, a emotividade que toma conta de cada um de nós - fazendo-nos sentir falta até mesmo daquela "tia" afastada da família que ninguém nunca suportou - aproveito para homenagiar a "tia" que está presente na vida de todos os brasileiros: a querida tia Mídia.
Tia Mídia:
Obrigada por nos informar imparcialmente sobre os fatos, fazendo-nos acreditar que tudo aquilo que propaga é a mais pura verdade;
Obrigada por encher minha casa de considerações construtivas sobre como fazer o melhor panettone no Natal e o melhor salpicão no Reveillon, não sei o que seria de mim sem essas dicas! Não sei porque pensar sobre a fome, o aquecimento global, a corrupção, a miséria, se tenho tantas receitas gostosas para aproveitar...
Obrigada por me abrir os olhos a respeito da iminente extinção dos ursos polares e me fazer acreditar que, se eu desligar meu microondas da tomada todas as noites, resolverá o problema de todo planeta Terra.
Obrigada por cobrir decentemente os jogos de futebol e não nos informar sobre as falcatruas e corrupções do mundo futebolístico (flamengo campeão? malas pretas, azuis, brancas? nááá...
Por falar em corrupção, obrigada por desviar minha atenção para o problema da Amazônia, quando o assunto esbarra nessa pequena pedra no sapato da política brasileira...
Enfim, Tia Mídia, tenho certeza de que no ano que vem, mesmo que eu não queira, você fará parte da minha família e sentará na mesa sem ser convidada - como a tia velha que toda família têm. Bom apetite.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
A ha- Take On Me
Nostalgia a flor da pele!
de repente bateu uma lembrança da minha adorável infância nos anos 80...
o Fiat 147, Atari, pirulito azul....
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
O lixo e o "trocadilo"
Lendo a reportagem de Carta Capital intitulada "Por trás das pirâmides, lixo" não pude deixar de lembrar de duas obras cinematográficas documentais que abordam o tema da relação do lixo com o ser humano: Estamira (Marcos Prado, 2005) e Boca de Lixo (Eduardo Coutinho, 1992).
A matéria atenta para a dificuldade dos Zabbalin, grupo minoritário cristão, que reside na chamada "Cidade do Lixo" a cerca de 20km de Cairo. Além das dificuldades de convivência religiosa (no Cairo a maioria da população é muçulmana), os Zabbalin enfrentam um problema de ordem social: são responsáveis por cerca de 60% de todo o lixo produzido pela cidade, mas não recebem absolutamente nada do governo. Os últimos tempos foram ainda mais difíceis, devido à gripe suína, o governo egípcio mandou sacrificar todos os porcos do país. A atitude foi encarada como uma provocação e piorou a situação dos Zaballin, já que os porcos ajudavam na reciclagem dos alimentos orgânicos.
A falta de reconhecimento por aqueles que fazem do lixo seu modo de vida foi representado nos filmes Estamira e Boca de Lixo.
Estamira enxerga o mundo, o tempo, e firma sua identidade no meio do resto da obra de todos os homens - o lixo. Sabe diferenciar o que é lixo e o que é "descuido", o "lúcido" do "ciente" e afirma: "a culpa é do esperto ao contrário". Cria sua própria filosofia de vida para entender a vida, não para explicá-la, afinal, "ninguém pode viver sem ela".
Tentam se explicar também, porém de outra maneira, os moradores do Vazadouro de Itaoca, cenário do filme Boca de Lixo. No primeiro momento cobrem as faces das cameras e bradam aos ventos o orgulho de trabalhar em meio aos dejetos. Num segundo momento somos surpreendidos por alguns depoimentos que "quebram" os quadros anteriores. O "orgulho do ser", na verdade, tem valor representativo. Com câmera em publico, os moradores agem como se estivem num teatro e suas falas são expressões que buscam aprovação de conduta com os demais moradores. Em suma, projetam uma imagem que acreditam ser a imagem aceita e aprovada pelos demais companheiros.
Quando o cineasta busca os moradores em suas casas podemos perceber a mudança no discurso: admitem que muita gente está ali porque nao quer trabalhar, adimitem que comem o lixo assim como os animais e assim por diante. A representação do "outro eu" pode ser reparada e faz parte da constituição de cada indivíduo.
Assim como os zabbalin, que buscam dois tipos de reconhecimento - o religioso e o humano - os moradores de Itaoca buscam reconhecimento, pelo menos, em frente às câmeras.
A matéria atenta para a dificuldade dos Zabbalin, grupo minoritário cristão, que reside na chamada "Cidade do Lixo" a cerca de 20km de Cairo. Além das dificuldades de convivência religiosa (no Cairo a maioria da população é muçulmana), os Zabbalin enfrentam um problema de ordem social: são responsáveis por cerca de 60% de todo o lixo produzido pela cidade, mas não recebem absolutamente nada do governo. Os últimos tempos foram ainda mais difíceis, devido à gripe suína, o governo egípcio mandou sacrificar todos os porcos do país. A atitude foi encarada como uma provocação e piorou a situação dos Zaballin, já que os porcos ajudavam na reciclagem dos alimentos orgânicos.
A falta de reconhecimento por aqueles que fazem do lixo seu modo de vida foi representado nos filmes Estamira e Boca de Lixo.
Estamira enxerga o mundo, o tempo, e firma sua identidade no meio do resto da obra de todos os homens - o lixo. Sabe diferenciar o que é lixo e o que é "descuido", o "lúcido" do "ciente" e afirma: "a culpa é do esperto ao contrário". Cria sua própria filosofia de vida para entender a vida, não para explicá-la, afinal, "ninguém pode viver sem ela".
Tentam se explicar também, porém de outra maneira, os moradores do Vazadouro de Itaoca, cenário do filme Boca de Lixo. No primeiro momento cobrem as faces das cameras e bradam aos ventos o orgulho de trabalhar em meio aos dejetos. Num segundo momento somos surpreendidos por alguns depoimentos que "quebram" os quadros anteriores. O "orgulho do ser", na verdade, tem valor representativo. Com câmera em publico, os moradores agem como se estivem num teatro e suas falas são expressões que buscam aprovação de conduta com os demais moradores. Em suma, projetam uma imagem que acreditam ser a imagem aceita e aprovada pelos demais companheiros.
Quando o cineasta busca os moradores em suas casas podemos perceber a mudança no discurso: admitem que muita gente está ali porque nao quer trabalhar, adimitem que comem o lixo assim como os animais e assim por diante. A representação do "outro eu" pode ser reparada e faz parte da constituição de cada indivíduo.
Assim como os zabbalin, que buscam dois tipos de reconhecimento - o religioso e o humano - os moradores de Itaoca buscam reconhecimento, pelo menos, em frente às câmeras.
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